Todos os símbolos da Páscoa indicam direta ou indiretamente a ressurreição de Jesus e a sua vitória sobre a morte. A Pascoa é a data mais importante para os cristãos.
Alguns símbolos da Páscoa estão relacionados a Quaresma. Trata-se do período de preparação da Páscoa realizada por algumas igrejas cristãs, entre elas: a Igreja Católica, Ortodoxa, Anglicana e Luterana.
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Boa parte dos símbolos pascais são de origem católica e não fazem parte da cultura evangélica. Alguns deles são utilizados pela Igreja Ortodoxa e poucas Igrejas Protestantes. Outros símbolos possuem vínculos com a Páscoa judaica.
Há também símbolos pascais que estavam associados com celebrações pagãs, como as festividades da chegada da primavera, que foram incorporados à Páscoa cristã e fazem parte da tradição popular.
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Confira abaixo a lista de alguns símbolos pascais:
O Cordeiro
O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa. Ele representa a aliança que Deus fez com o povo judeu ao tirá-los da escravidão no Egito. Orientados por Moisés, cada família sacrificou e assou um cordeiro, servido com ervas amargas e pão sem fermento (Êxodo 12:8-11).
O sangue do sacrifício foi colocado sobre as vigas superiores e laterais dos portais das casas, afim de poupar seus filhos com a chegada da décima praga do Egito, a morte dos primogénitos (Êxodo 12:21-23). Este acontecimento deu nome a Páscoa, que significa: “passar por cima”.
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Desde então os judeus celebram a Páscoa como em Deuteronômio 16:2-4, assando um cordeiro com ervas amargas e pão sem fermento. No momento da refeição, os pais explicam aos filhos o significado de cada elemento à mesa (Êxodo 12:25-27).
Para os cristãos, Jesus é o Cordeiro de Deus que foi anunciado pelos profetas desde o Velho Testamento (Isaías 53:7). Ele se ofereceu como um sacrifício perfeito pelos nossos pecados (Isaías 53:3-5).
João Batista reconheceu Jesus como o Cordeiro de Deus: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29). Na carta endereçada aos Coríntios, Paulo chama Cristo de “nosso Cordeiro pascal” (1 Coríntios 5:7).
Entenda: Por que Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
A Ceia: o Pão e Vinho
O Pão e o Vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo. Na Última Ceia, Jesus repartiu o pão e o vinho aos discípulos (Mateus 26:17-19). O Pão representa o corpo de Jesus, que sofreu em nosso lugar (Lucas 22:19). O Vinho representa o sangue de Jesus que foi derramado e selou a nova aliança (Lucas 22:20). A maioria das igrejas celebram a Ceia no Domingo de Páscoa.
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O Peixe
O peixe é um dos símbolos mais antigos do cristianismo. A maioria dos apóstolos eram pescadores e muitos milagres foram realizados em momentos de pescaria. O peixe também é considerado um símbolo de renovação e do batismo.
Jesus multiplicou os cinco pães e dois peixes, alimentando 5000 homens (Mateus 14:19-21). No segundo milagre com sete pães e alguns peixinhos alimentou 4000 homens (Mateus 15:36-38).
Seguinte à Páscoa judaica, Cristo - já ressurreto - apareceu aos discípulos em uma praia onde pescavam sem sucesso. Jesus indicou onde deveria ser lançada a rede (João 21:6), pescaram 153 grandes peixes (João 21:9-11).
Ná época de perseguição aos cristãos primitivos, o peixe se tornou uma espécie de identificação. Um cristão riscava uma meia lua no chão e o outro completava desenhando um peixe. Alguns cristãos colocavam a sigla ICHTHYS - Peixe em grego - que era um acrônimo da expressão "Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr", que significa: Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.
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O peixe também costuma ser muito consumido durante a Páscoa, onde muitos cristãos se abstêm de comer carne.
O Círio Pascal
O Círio Pascal - ou Vela Pascal - é um símbolo utilizado entre as Igrejas Cristãs Ocidentais como a Igreja Católica, Anglicana e Luterana.
Trata-se de uma grande vela decorada com inscrições das letras gregas alfa e ômega - início e fim - e o respectivo ano de celebração. A chama da vela representa a Ressurreição de Cristo. A vela é acesa no Sábado de Aleluia durante a Vigília Pascal.
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Os Ramos de Palmeira
Na Igreja Católica, as celebrações da Semana Santa iniciam com o Domingo de Ramos, que remete à entrada de Jesus em Jerusalém. Naquela ocasião as pessoas receberam Jesus com folhas de palmeiras (Mateus 21:7-9). Atualmente, as folhas de palmeiras são utilizadas como elemento decorativo nas Igrejas durante as comemorações da Semana Santa.
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Os Sinos
Os sinos das Igrejas Católicas tocam no domingo de Páscoa para anunciar o advento da Ressurreição de Cristo. A ação dos sinos representa o prenúncio da vitória de Jesus sobre a morte.
O sino também simboliza a proclamação do evangelho para o mundo.
O Coelho da Páscoa
Apesar de muito divulgado, não há nenhuma referência de Coelho da Páscoa na Bíblia. As únicas citações ligadas ao animal estão no Velho Testamento. Na lei de Moisés era proibido o consumo da sua carne, considerada impura para os judeus (Levítico 11:5 e Deuteronômio 14:7).
O coelho como um símbolo surgiu na Europa entre os germânicos. O coelho era o primeiro animal a sair da toca e reproduzir-se em grandes ninhadas no fim do inverno. Como a primavera é a estação do ano em que a vegetação se aflora, esse símbolo passou a representar também a Ressurreição de Cristo.
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Os cristãos para evitarem as celebrações pagãs, associaram o coelho à Páscoa Cristã. Nele, o coelho simboliza a Igreja que pelo poder de Cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.
No Brasil, os coelhos só passaram a ser um símbolo da Páscoa no final do século XVII, trazidos pelos imigrantes alemães.
O Ovo de Páscoa
O ovo é um símbolo de uma antiga tradição que surgiu antes da Páscoa cristã na região do Mediterrâneo, do Leste Europeu e de todo o Oriente. No período do Equinócio, as pessoas trocavam ovos cozidos pintados à mão para celebrarem o início da primavera.
A Páscoa cristã começou a ser celebrada séculos depois. Com a conversão dos povos pagãos, o festejo da primavera foi integrado a Semana Santa. Com isso, os cristãos passaram a tratar o ovo como um símbolo do nascimento e ressurreição de Cristo.
No período da Quaresma muitos cristãos evitam comer proteína animal, fator que pode ter contribuído para a substituição dos ovos cozidos por ovos de chocolate.
A tradição dos ovos de chocolate surgiu no século XVIII na França e foi disseminado pela indústria do chocolate na Inglaterra um século depois.
A Colomba Pascal
Sua história remete à Páscoa da região de Pavia, um vilarejo do norte da Itália. O pão simboliza a vinda do Espírito Santo. Seu sabor é similar ao Panetone.
Costuma ser compartilhado em alguns países europeus - principalmente na Itália - na segunda-feira de Páscoa. A Colomba Pascal é comercializada no Brasil há alguns anos e vem se tornando comum nas manhãs de Páscoa, assim como o Panetone no Natal.