Libação é o ato de derramar um líquido sobre o altar como parte de uma oferta ou sacrifício.
Em algumas traduções da Bíblia o termo libação é substituído por oferta derramada, oferta de bebida, oferta de libação ou simplesmente o ato de ungir.
Geralmente o líquido oferecido era aspergido ou derramado e tinha um alto valor, como o vinho (Números 15:7), o azeite (Gênesis 35:14) ou bebida forte (Números 28:7).
Libação no Antigo Testamento
No Antigo Testamento vemos que a libação era um costume entre os hebreus antes da lei de Moisés. A primeira referência encontra-se no livro de Gênesis, quando Deus trocou o nome de Jacó para Israel. Jacó, depois de receber o novo nome, levantou uma coluna de pedra e fez oferta de bebidas, derramando toda a oferta no local onde teve contato com Deus (Gênesis 35:12-14).
Quando Deus orientou Moisés quanto à consagração dos sacerdotes, designou a libação de um quarto de him de vinho - aproximadamente um litro - para ser oferecido como oferta derramada (Êxodo 29:40-41). A quantidade de vinho utilizado na libação está indicado no livro de Números 15:5, onde ficou estabelecido que deveria ser a quarta parte de um him.
A libação também era um ato comum em rituais pagãos. Acaz, rei de Judá, tinha se entregado à idolatria e a rituais pagãos em que chegou a sacrificar o próprio filho. Depois de retornar da Assíria o rei Acaz fez uma oferta de libação, derramando bebidas e aspergindo sangue dos seus sacrifícios (2 Reis 16:13).
Libação no Novo Testamento
No Novo Testamento o uso da expressão libação é utilizada de forma figurativa pelo Apóstolo Paulo.
Encontramos este termo na Carta aos Filipenses, em que Paulo faz referência a libação no sentido de ter seu sangue vertido por causa de Cristo: "Contudo, ainda que eu seja derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós" (Filipenses 2:17).
A expressão é utilizada novamente quando o Apostolo Paulo aborda a proximidade da sua morte: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado” (2 Timóteo 4:6). Paulo entendia que a sua morte seria como um sacrifício, uma oferta derramada a Deus.
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