A corte é uma alternativa ao namoro, para quem sente que precisa de mais limites no relacionamento antes de casar. Normalmente, na corte o contato físico (beijos, braços…) é mínimo e há muita supervisão por parte de pessoas mais velhas. A Bíblia não fala de namoro nem de corte, logo cabe a cada casal decidir o que é melhor para ter um relacionamento saudável.
Atualmente, é muito comum associar o namoro à promiscuidade. Como não há tantas limitações impostas pela sociedade, muitas pessoas abusam do namoro, entrando em intimidade física sem ter nenhum compromisso. No fim, os resultados desse tipo de abuso são:
- Graves feridas emocionais
- Desconfiança diante de futuros relacionamentos
- Gravidez indesejada
- Risco sério de doenças sexualmente transmissíveis
- Criação de um ciclo de abuso e sofrimento
Para combater esse tipo de abuso, alguns grupos cristãos promovem uma alternativa ao namoro: a corte. Na corte, o casal assume o compromisso de não ter certos tipos de contato físico antes do casamento. Normalmente, isso significa não beijar na boca nem dar abraços muito juntos (e, claro, não ter relações sexuais).
Em vez de focar no lado físico, os dois procuram aprofundar a amizade e conhecer melhor a personalidade um do outro. Todas ou quase todas as interações do casal acontecem junto com outras pessoas, como pais, parentes, amigos ou outros conhecidos. Assim, não há espaço para os dois se envolverem mais fisicamente.
Basicamente, a corte é um namoro mais limitado e muito mais fiscalizado.
Descubra aqui: o que Deus diz sobre o namoro?
Cortejar é mais santo que namorar?
Não necessariamente. Há muito namoro que não leva ao pecado e há corte que não impede o pecado. Os resultados do namoro ou da corte dependem muito do coração de cada um. A Bíblia não fala nem de namoro nem de corte, logo não se pode classificar um de “mais santo” que outro.
A imoralidade sexual começa no coração (Mateus 5:28). Não é preciso ter contato físico para pecar. Mas também é importante reconhecer que o contato físico pode despertar o desejo, e quanto isso acontece a tentação é muito forte. Cada pessoa precisa estar consciente de suas fraquezas e, tanto no namoro quanto na corte, é bom estabelecer limites desde o início (1 Coríntios 6:18). Para um casal, isso pode significar não beijar, mas para outro pode significar apenas não se agarrar, dependendo das fraquezas de cada um.
Veja também: beijar na boca é pecado?
Instituir a corte poderá ser uma boa solução para quem ainda é muito novo ou imaturo. Isso poderá ajudar a entender o que um relacionamento é mais que intimidade física. Por outro lado, se são tão imaturos que os parentes não confiam neles para estarem sozinhos um bocado, provavelmente não deveriam ter um relacionamento nessa fase.
Em outros casos, a corte somente funcionará se for o desejo do casal. Não vale a pena tentar obrigar a fazer corte. Na verdade, a obrigação poderá ter o efeito contrário, dando demasiado enfoque no lado sexual e aumentando a curiosidade pelo “fruto proibido”. Se uma pessoa é ensinada que algo como beijar ou abraçar vai definitivamente levar ao sexo, então nem vai tentar resistir se um dia acontecer!
A melhor forma de preparar alguém para um relacionamento, seja namoro ou corte, é ensinando bons princípios. Se o casal entende o significado de amor, respeito e paciência, está procurando melhorar a amizade, pensando no futuro e aprofundando seu relacionamento com Deus, a probabilidade de cair no pecado é muito menor.
As regras do namoro cristão também contam para a corte. Leia aqui: como deve ser o namoro cristão?
O sinal que um casal já está pronto para namorar ou cortejar é quando já têm maturidade para conversar e estabelecer limites para o relacionamento. Cada casal pode decidir o que é melhor para si, ou corte, ou namoro, ou eventualmente noivado. Com o tempo, esse relacionamento naturalmente vai mudando, acabando ou no fim do romance ou no casamento (1 Coríntios 7:9).