Não há nada na Bíblia que fala sobre ter padrinho e madrinha, nem a favor nem contra. Cada casal crente pode decidir se seu filho vai ou não vai ter padrinho e madrinha, de acordo com sua consciência (Romanos 14:22). O apadrinhamento de um bebê só não deve estar associado a um batismo.
O apadrinhamento é uma prática da igreja católica e de algumas igrejas protestantes. O padrinho e a madrinha assumem a responsabilidade de educar a criança nos caminhos de Deus, em conjunto com os pais.
Se o casal crente decidir ter padrinho e madrinha para seu filho, deve escolher pessoas que:
- São crentes – se não crêem em Jesus, não vão ajudar a educar a criança sobre Jesus
- São um bom exemplo – crianças aprendem observando as ações, não apenas ouvindo o ensino
- Vão apoiar os pais – os padrinhos podem ajudar e aconselhar os pais mas devem sempre respeitar a autoridade dos pais no ensino da criança
Algumas pessoas da Bíblia foram “pais espirituais” - pessoas que levaram outras para Jesus e lhes ensinaram o evangelho, ajudando no seu crescimento. Paulo se considerava “pai” de Timóteo e dos membros da igreja de Corinto (1 Timóteo 1:2; 1 Coríntios 4:14-15). Nesse sentido, Paulo era parecido com um padrinho.
Por outro lado, não há nenhum caso na Bíblia de uma pessoa sendo convidada para apadrinhar uma criança desde seu nascimento. A responsabilidade de educar a criança nos caminhos de Deus recai principalmente sobre os pais (Deuteronômio 6:6-7). Quando a criança não tem pais, a pessoa que cuida da criança tem essa responsabilidade.
Veja também: o que Deus diz sobre os filhos?
Apadrinhamento e batismo
O apadrinhamento surgiu por causa do batismo de bebês. Nas igrejas onde o batismo de bebês é praticado, os padrinhos servem como porta-voz da criança. Como a criança nada entende, os padrinhos renunciam ao pecado e confessam Jesus como seu salvador em seu lugar. Isso não é bíblico.
Veja aqui: o que diz a Bíblia sobre o batismo de bebês?
A Bíblia ensina que aceitar Jesus como salvador é uma decisão pessoal. Ninguém pode confessar Jesus em lugar de outra pessoa. O batismo é para todo aquele que crê, não para o bebê que ainda não entende (Marcos 16:16).