Sinédrio significa assembleia. O Sinédrio era uma assembleia religiosa judaica do tempo de Jesus. Os membros do Sinédrio governavam e julgavam o povo judeu de acordo com a Lei de Moisés e as tradições judaicas. Jesus foi julgado pelo Sinédrio antes de ser crucificado.
O Sinédrio era composto por 71 lideres importantes na sociedade, que conheciam as leis judaicas. Eles se reuniam em Jerusalém para tomar decisões e julgar crimes religiosos. O chefe do Sinédrio era o sumo sacerdote, o líder de todos os sacerdotes do templo.
No tempo de Jesus, os judeus viviam debaixo do domínio romano. Além das leis do império romano, os judeus obedeciam às leis de Moisés, que estão no Velho Testamento, e às regras da tradição. O Sinédrio apenas julgava os crimes contra as leis judaicas. Os gentios não eram julgados pelo Sinédrio.
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Jesus e alguns dos seus discípulos foram levados perante o Sinédrio, acusados de crimes religiosos. O Sinédrio realizava um julgamento, decidia se eram culpados ou inocentes e determinava o castigo. Por vezes, o Sinédrio tinha de pedir permissão às autoridades romanas para executar a pena de morte (João 18:31).
Havia corrupção no Sinédrio. Tanto no julgamento de Jesus como no de Estêvão, o Sinédrio aceitou acusações que eram claramente falsas e condenou homens inocentes à morte (Mateus 26:59-61; Atos dos Apóstolos 6:12-14). O Sinédrio também tentou intimidar Pedro e João a não falar mais sobre Jesus.
Além de corrupção, o Sinédrio também tinha divisões. Alguns membros eram fariseus e outros eram saduceus, com interpretações muito diferentes das leis de Deus. Em certa ocasião, Paulo aproveitou essas divisões para se livrar de uma condenação injusta (Atos dos Apóstolos 23:6-7). O Sinédrio deveria promover a santidade e a obediência a Deus, mas apenas promovia os seus próprios interesses.
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Mas alguns membros do Sinédrio eram homens tementes a Deus, que amavam a justiça. José de Arimateia sepultou Jesus no seu próprio túmulo, condenando assim a decisão de seus colegas do Sinédrio de matar Jesus (Marcos 15:43). Gamaliel, um professor sábio do Sinédrio, foi o professor de Paulo e aconselhou o Sinédrio a não tomar ação contra os discípulos de Jesus (Atos dos Apóstolos 5:38-40).